Com o começo da campanha presidencial veremos, mais uma vez, o Nordeste brasileiro sendo alvo dos candidatos. Não é a primeira vez.
Quem não se lembra do então candidato FHC, na campanha presidencial de 1994, andando de jegue, dançando forró e bebendo água de coco em terras nordestinas? Até o companheiro Alckmin, então candidato tucano na disputa presidencial de 2006, já colocou seu chapéu de vaqueiro nas visitas feitas na região durante a campanha.
Na campanha de 2022 quem acaba de lançar sua pré-candidatura aqui no Nordeste foi o candidato do Avante, André Janones, deputado federal mineiro que se elegeu em 2018 como um dos líderes da greve dos caminhoneiros que ocorreu naquele ano. A cidade do Recife, capital pernambucana, foi a escolhida pelo candidato na tentativa de se aproximar do eleitorado nordestino.
Moro, o ex-juiz e agora queridinho da Alvarez & Marsal que mal fala o português, tenta introduzir a gíria pernambucana a pretexto de lançar na capital seu livro sobre corrupção, que ironia.
Mas coube ao presidenciável tucano da vez, João Dória, a jogada mais ousada até o momento. Na tentativa de conquistar o eleitorado nordestino, principal reduto eleitoral do ex-presidente Lula, o candidato vai explorar sua, até então desconhecida, origem baiana. Só assim mesmo pra ficarmos sabendo que o pai do cidadão nasceu na Bahia. Mas o que Doria deveria saber é que se os baianos quisessem eleger alguém por ser filho de baiano elegeria Mano Brown.
Comentarios