top of page
Foto do escritorJailton Andrade

A Carrefour e a máquina de louco: É pra bater, papá!!

Como diz a prof. Vilma Reis, bom dia é só um cumprimento.

Acordar no Dia da Consciência Negra com mais uma violência racial num país governado por um pilantra de marca maior eleito democraticamente não é novidade, mas, por algum motivo, em mim sempre será de dar nó na garganta.

Como se não bastassem os brasileiros que, a cada 45 minutos, desistem de viver e outros que, a cada 10 minutos, são impedidas de viver por mortes violentas, como se não bastasse o COVID ter matado 1 pessoas a cada 2 minutos no Brasil somente no dia 19/11. Nestes números você enxerga alguma cor? Se no Brasil tem 55% de negros eu estou imaginando que 45% destas estatísticas que citei são de não-negros. E se vier algum acadêmico dizer que “não-negro” não é uma narrativa assim ou assado, que fique lá, na moral, na sua academia que eu fico de cá, parafraseando Gerônimo. 

Pois bem. Agora junte tudo aí e verá que não são somente 55% de negros e negras que estão morrendo. Veja que até em estados que não tem negros, como sempre se referem ao Rio Grande do Sul, a Carrefour providencia a morte de negros.

Mas nada disso basta. Temos que pegar esses que sobraram vivos neste chão – chão que nos levam todos os dias, seja de petróleo, seja de minério, seja o alimento “tipo exportação” – pegar essa galera e botar pra lascar. Tem que vender asfalto mesmo a essa plebe, esse voto de preço vil. Tem que escolher a casa do preto pra cortar a energia, tem que escolher o Amapá pra “Apagá”, tem que espancar o filho da preta mesmo, na frente dela e de todo mundo pra mostrar quem manda.

Tem que fechar a rua pra que os pretos não passem na frente, por exemplo, da Churrascaria Fogo de Chão em Salvador assustando os brancos que compravam carne a R$ 100,00 por pessoa lá dentro, a carne que o preto vendeu, a carne que não serviu para a exportação. Hoje nem é mais o restaurante, mas quem é de Salvador sabe que os piquetes de cimento que estavam lá, transformando a praça pública em varanda privada, foi a Transalvador do prefeito neto (caixa baixa mesmo) quem colocou, e retirou agora que a churrascaria saiu.

Tem que invadir uma escola do MST pra tirar as crianças de lá, afinal, qual a raça que não tem terra no Brasil?

Tem que murar o rio mesmo, porque a Marinha não se importa com a fauna, muito menos com quilombolas do Rio dos Macacos, aliás, tem até pretos que não se importam.

Quem tem mais valor o preto ou a Carrefour? A criança negra ou o Habbibs?No caso específico da Carrefour o tal “Manifesto pela Diversidade” vinha com um tutorial “em carne viva” ensinando o que é errado fazer. Um episódio de racismo que se repete pela sétima vez nessa multinacional. Quantos guarda-chuvas são necessários para manter a Carrefour no Brasil?

Por quantos dias a CARREFOUR vai continuar no Brasil?

A quantos racistas ela ainda venderá?

Quantos racistas ainda entrarão em suas lojas?

Quantos pret@s ainda irão trabalhar para uma multinacional racista?

E se você tiver interessado em ver as imagens da carnificina no Globo, só verá depois que vc assistir uma propaganda de empresas como a Carrefour.. Não é chocante.

Aí você descobre que a segunda maior empresa no ramo varejista no Brasil em 2012 não é brasileira. Descobre que ela é dona do Mackro, do Atakadão e tem postos de gasolina no país.

Descobre logo o envolvimento de empresas de segurança de militares de idoneidade duvidosa, mas de descompromisso evidente, contratos que a Carrefour não celebraria na França de onde veio, mas aqui é costume, afinal quem somos nós? Pretos? Não vem ao caso. O meio ambiente define como devemos ser tratados.

Estupro é crime no Brasil, mas não para a Carrefour, essa ilha de leis próprias; essa embaixada francesa no Brasil que me lembra outra embaixada, a do petróleo.

Se você continuar interessado no assunto vai ver que a Carrefour controla até o momento e a frequência com que seus funcionários podem ir ao banheiro. Que seu segurança matou um cão com uma barra de ferro, que depois disse que tinha sido atropelado, que depois disse que só queria assustar o animal e que nem deve ter pago a indenização de R$ 1 milhão a que foi condenada. E se pagou também que diferença faz para uma empresa que lucrou, eu disse lucrou, em 2019 R$ 12,7 bilhões com B de bola?

E naquele dia 20 de novembro de 2020, Dia da Consciência Negra, o mercado reage ao assassinato de João Alberto Silveira Freitas valorizando os ativos da Carrefour em 0,49%.Quem são os animais nessa história? Os cachorros?Eu acho que são os pretos.

2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

コメント


bottom of page